quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A HABITAÇÃO DELE

PORTO, 2007.08.30

A HABITAÇÃO DELE...

Em frente à casa onde vivo, há... em terra batida,
Um largo.... onde “residem” automóveis ali deixados
Pelos proprietários que ali os abandonaram na ida
Utilizando-os no regresso a casa por já cansados.

Mas todos estes que se deslocam e deixam o carro aí
Têm a sua habitação própria para onde vão agora.!...
Mas no Largo há uma viatura que está sempre por ali
E serve de residência a um trabalhador que lá mora

Uns têm tudo e outros ... mas isto funciona assim
E a sociedade nada faz quer a coisa seja boa ou ruim
Cada um que se desenrasque e deixe tudo até a pele..

E se desse trabalho não se vir o resultado esperado
Só temos um caminho a seguir é trabalhar dobrado
Como faz o trabalhador do carro e habita nele...

João Brito Sousa

MELHOR

PORTO, 2007.08.30


MELHOR


Se encontrares alguém parado na estrada...
Talvez esteja procurando o seu caminho.
Não te interrogues e nem sequer digas nada
Deixa estar... ele resolverá o assunto sozinho!

Às vezes é preciso deixá-los a pensar e a sós
Dar tudo para quê? ... o que é que te deram a ti?
Aqueles que mais te deram foram os teus avós
Mas esses infelizmente já não se passeiam aqui.

Ò meu camarada ó meu amigo.... ó campeão
Não te deixes invadir pela incerteza da razão
A caminhada esta feita e abordá-la é pior...

Tudo se resolverá a bem... pensa bem nisto
Faz como eu, que, mesmo mal, nunca desisto
E acredito que proximamente virá algo melhor...


João Brito Sousa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

POEMA

O TAMANHO DA VIDA

A minha dúvida é essa; a vida terá comprimento?...
Altura e peso.... E será susceptível de medição?...
Se não tiver isso ao menos tem sofrimento?...
È esta problema que trago na palma da minha mão.

Tanta gente célebre sobre isso já se interrogou.
Tantas congeminações se fizeram... interrogações...
Mas da vida nem sabes como é que ela começou...
Como é que hás-de saber agora acerca de medições.

É maior do que aquilo que possas imaginar...
(Apenas como exemplo, podes ver a força do mar)
Mas deita-te na cama, pensa e vê lá se consegues.

Mas vai preparado para não desistires à primeira
Leva toda a vontade que armazenaste na vida inteira
E se chegares a alguma evidência não nos negues.


João Brito Sousa

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

UMA BOA SEMANA

PORTO, 2007.08.27


UMA BOA SEMANA


Para aqueles que me visitam e lêem... eu quero!...
(Se é que acham piada a isto que aqui escrevo e digo...)
Que tenham uma boa semana... e neste voto sincero,
Vai toda a minha amizade e qualidade de bom amigo.

AMIGO, é a palavra que eu amo; é a minha preferida.
Nada é melhor do que ter amigos e ser um bom amigo.
Isto faz sentido a tudo, ouviram?... até à própria vida
Sem amigos nada tem sabor e nem venham ter comigo....

Portanto, fiquem todos, mas todos, a saber desde já
Que é esta a minha filosofia de vida...e melhor não há
Com os amigos eu tenho toda a estrada para andar!..

Por isso, eu desejo a toda a malta que pense bem
Antes de se fazer ao caminho, só ou com alguém ...
Que assuma a sua atitude honradamente sem vacilar.

João Brito Sousa

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

CARRETILHAS

Ao LUÍS CUNHA,


A propósito do teu texto colocado no blog ”A DEFESA DE FARO” com o título “CARRETILHAS” , termo que não conhecia, direi que efectivamente só conheci dessas brincadeiras, talvez estúpidas, as bechininas e as bombas, que eram bastante perigosas, pois houve muita rapaziada que ficou com os dedos das mão em muito mau estado, por falta de habilidade no manejo das ditas.

Aconteceu-me isso a mim, dei mecha na bomba larguei-a antes de tempo, joguei-a para fogueira, a bomba não rebentou.... fui buscá-la de novo e ela... pum... mas ainda consegui largá-la a tempo.

Bombas e bechininas de S. João nunca mais... jurei a mim mesmo.


CARRETILHAS, BOMBAS E BECHININAS


Essa coisa da “carretilha” ou pistolas de fogo
Que expeliam jactos faiscantes que desenhavam
Caprichosas figuras luminosas nesse jogo
Jogado entre os carretilheiros que as largavam

Confesso não saber o que são nem as conhecer,
Só conheci as becheninas e as bombas de S. João.
Que largávamos à fogueira e desatavam a correr
E as bombas largavamo-las antes de rebentar na mão.

És tu Luís que dizes que as ditas eram empunhadas
Por manipuladores que as jogavam naquelas noitadas
Onde desenhavam caprichosas figuras luminosas...

E dizes ainda que no barrocal algarvio havia
Combates de carretilhas até quase ao romper do dia
O que tornava aquelas noites mais saborosas.

João Brito Sousa

domingo, 19 de agosto de 2007

O DOMINGO NA PRAIA DA ALTURA

PORTO, 2007.08.19


AQUI É SEMPRE DOMINGO...


Na Praia da ALTURA... dizes tu que é assim...
Sempre domingo... sempre dia de descanso...
E eu, que só trabalhando sinto dentro de mim
A vida... porque só assim é que nunca me canso.

È que, no meu fraco entendimento, o trabalho..
Pede descanso e que este o reponha da fadiga.
E eu, se a alcanço fico ali desperto como um alho
Para que a vida em toda a plenitude prossiga.

Descansar é não termos nenhum compromisso?...
Ok. Mas o que é que o médico te dirá sobre isso?...
Se calhar diz-te: mexa-se já daqui para fora!...

Camarada Silva, como eu tão bem te entendo...
A vida são dois dias , vamos comendo e bebendo
E descansando como o temos feito até agora..


João Brito Sousa

CULTURA E INVESTIGAÇÃO

PORTO, 2007.08.19

À minha mulher ELISABETE

CULTURA E INVESTIGAÇÃO

O blog “LuardeJaneiro” é um espaço da cultura
Que recomendamos vivamente a passagem por lá...
Mesmo aquelas pessoas que não gostam nada da leitura
Devem-no fazer porque o blog é do melhor que há.

História, literatura e outros temas de investigação,
São ali tratados de forma exaustiva e cuidada...
E a autora do espaço põe neles grande dedicação
Porque se não fosse assim o trabalho não valeria nada..

Ela reparte com os outros um pouco da sua luta diária
Porque entende que a vida só vale se for solidária
E é também nesse contexto especial que eu a admiro...

E peço-te que continues... porque assim a tua existência
Está plenamente justificada na tua exigente consciência
E acredita que a essa tua linha de actuação eu adiro...

João Brito Sousa

sábado, 18 de agosto de 2007

A VIDA E RAUL BRANDÃO

(Os homens da Presença , Aquilino... Raul Brandaõ.)

COMENTÁRIO DO CAMARADA ARNALDO SILVA
transformado em post
Recebi de um velho amigo, o seguinte texto:

Amigo Brito,
Folgo em verificar que a "rentrée" nestas andanças das coisas da Literatura e suas publicações no Blog vem retomando o ritmo, a intensidade e a qualidade que se vinha desfiando até à partida para férias, presenteando-nos com temas de qualidade e interesse irrefutáveis.
Estamos aí, contigo. Disponíveis para receber e comentar. E para demonstrar ao Raul Brandão que a vida não tem que ser necessariamente e não o é, em definitivo, um acto religioso e muito menos é um acto estúpido e inútil. A vida é simplesmente a vida!

E cada um de nós tem uma vida. Própria. Pessoal. Distinta de todas as outras vidas de todos os outros viventes.

Dizer que a vida é um acto estúpido e inútil apenas porque se sabe de antemão que ela não é eterna é no mínimo característico de um ser que não aprendeu a viver.

A vida vive-se numa permanente e renovada corrente de sentimentos. É na qualidade desses sentimentos que reside a utilidade e a qualidade da vida.

Esqueça-se o pessimismo de Raul Brandão!
Viva-se a vida! Por ela, com ela e para ela! Sempre!
Arnaldo silva
Felizmente reformado

O MEU COMENTÁRIO

O camarada Arnaldo Silva, afilhado de casamento, colega de curso, de quarto alugado no Sacramento à Lapa e amigo firme entre outros atributos, leva vantagem sobre todos nós outros, que andamos por aqui a arranjar desculpas pela suposta ingratidão da vida, simplesmente porque o Arnaldo Silva gosta e sobretudo sempre gostou da vida.

Posso dizer, porque constatei isso durante anos, que o Silva é um apaixonado da vida e apaixonado pela vida.

Felizmente que tem uma vida boa, quero dizer, tem a vida que quis ter e funciona dentro dela como peixe na água. E por esta ordem de ideias é um acérrimo defensor da vida. Aliás, sempre foi...

Mas, e perguntar-se-à? E se as coisas não tivessem corrido tão bem assim ao camarada Silva, como seria a sua abordagem à vida?...

Por exemplo, se tivesse tido o azar que teve um amigo comum que, após um acidente de viação, perdeu a esposa jovem ainda e levou para uma cadeira de rodas, totalmente inoperativo, um filho de dez anos, que sobreviveu até aos trinta, sempre na condição de dependente?...

È claro que o acidente, também faz parte da vida. Mas depois do acidente, que veio provocar desajustamentos profundos no quotidiano, poderá continuar-se a ter pela vida a mesma consideração, apego e amor de outrora?...

A vida não é possuída de um comportamento linear; tem oscilações e por vezes graves e injustas. A reparação do acidente muitas vezes não se faz e daqui pode surgir o desamor à vida.

E poder-se-à ter amor e consideração por uma situação injusta?

Raul BRANDÃO, que eu particularmente aprecio, no seu texto “BALANÇO À VIDA”, diz efectivamente que “Ou a vida é um acto religioso- ou um acto estúpido e inútil”

Mas depois continua com este naco de prosa fantástico: “Considero os meses mais felizes da minha vida aqueles em que eu e a minha mulher fomos viver para uma aldeia remota. Ainda hoje me penetra a solidão perfumada dos montes. A casa não tinha vidros e à noite o silêncio doirado de estrelas entrava pelas janelas e desabava sobre nós... Há horas em que as coisas nos contemplam e estão por um fio a comunicar connosco. Às vezes é um nada, um momento de êxtase em que distintamente ouvimos os passos da vida caminhando. O homem sozinho está mais perto de Deus e das coisas eternas. Sabe-lhe melhor a vida; compreende melhor a morte. Um pormenor que o interesse, entranha-se-lhe na alma para sempre, como um perfume que nunca mais se esvai... Ainda este ano o MAIO foi tão quente que toda a noite se lavrou ao luar”...

Quem escreve isto e desta maneira, tem de, forçosamente amar a vida...

Como o Arnaldo Silva e eu e mais uns milhares... a amamos.

João Brito Sousa

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ESPERA POR MIM

PORTO, 2007.08.19

ESPERA POR MIM


Não gostaste do que eu disse
Pensaste logo mal de mim
Mas na vida
não deve ser assim...

Se eu ao menos conseguisse
Fazer-te ver que na relação
Não é só um que tem razão...
Era excepcional.
Por isso
não leves a mal.

Espera por mim...
Que na vida é mesmo assim,

Amigos em primeiro lugar
È o que temos de pensar
Em ser...
Porque só assim podes crer
Aconteça o que acontecer
Será sempre bom
para ti e para mim

Espera por mim
Que a vida deverá ser assim ...

João Brito Sousa

O SENHOR LOPES

O SENHOR LOPES


Trabalho népia... nunca vi o Lopes fazer nenhum!...
Chega, cumprimenta com um bom dia na manhã serena
E vai ver do jornal; de lá do fundo vejo-o vir com um
E lá se senta e diz entretanto para a patroa, a D. Mena

É um pingo D. Mena diz ele já de jornal na mão..
E segreda-me: isto é um vício ler o jornal de graça.
Olha em redor e conta os fregueses que lá estão
E diz – me que já me dá o jornal porque sou boa praça.

E é pelo empresário Lopes que não paga para ler
E pelos outros todos que fazem igualmente por ser
Iguais ao Lopes porque o jornal não querem comprar...

Que está justificado a crise na bolsa de cada um
(Dizem que ano igual a este não virá mais nenhum)
Mas, enquanto houver estrada é para continuar


João Brito Sousa

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O PASTOR DAS CASAS MORTAS

Porto, 2007.08.16

O Pastor das Casas Mortas de
DANIEL DE SÁ chegou hoje.


O PASTOR DAS CASAS MORTAS


É uma obra de um autor português e dos melhores
Açoriano autêntico e professor primário como eu.
Que conta a história passada numa aldeia de pastores
Onde um deles contra o despovoamento se bateu...


MANUEL CORDOVÃO de seu nome, anotava
No seu caderno diário as degradações das casas,
E os enormes prejuízos que para a aldeia resultava
Dessa prática constante dos que batiam as asas

Não emigrem todos... não nos deixem por favor...
Há na vida, sempre, uma hora certa para o amor
E é quando se entra em casa e se fecham as portas.

Entro eu, o patrão, depois a esposa e as filhas
Para vivermos em sossego em todas estas ilhas
Era isto o que queria o pastor das casas mortas

João Brito Sousa

CIDADE DO PORTO

A CIDADE DO PORTO

É aqui que vivo agora e é aqui que leio e escrevo!...
É aqui que passo os dias alegremente....observando
A história das ruas antigas sobre as quais me atrevo
A ler o seu passado enquanto nelas vou passeando...

Ruas com o vestígio de grandes unidades industriais
De Bancos, de Seguradoras, de Comércio e de vários!...
E é esta a grande cidade que antigamente foi das tais
Que nunca esqueceu a nobre função dos seus operários.

Cidade liberal, honrada, nobre democrática e séria...
Que de ninguém recebeu lições acerca de tal matéria
E que se impôs ao Mundo pela sua hospitalidade....

E está preparada para a luta quando amanhece
E fala mal do poder porque este não reconhece
Nela a grandiosidade de uma autêntica cidade ...

João Brito Sousa

BOAS FÉRIAS

BOAS FÉRIAS


Para todos os bloguistas... mas em especial
Para o A. Contreiras lá do APCGORJEIOS.
Para que venha de férias com a vontade total
De melhorar o seu blog por todos os meios.

Porque é já um grande espaço da cultura
Onde a informação é tratada com rigor.
Coloca muito bem os assuntos e não mistura
Os que não sabe com os que sabe de cor.

É assim este excelente espaço dos Gorjões
Onde se colocam bons artigos e opiniões
Que são publicadas e colocados à disposição

De todos aqueles que por isto se interessam
Que gostam de discutir ideias e participam
Na discussão de todos os assuntos da região.


João Brito Sousa

AOS ALENTEJANOS

AOS ALENTEJANOS

Todos eles são homens de paz e sabedoria.
Homens justos, homens de bem e competentes!...
Só eles sabem quanto é grande essa alegria
De produzir para dar de comer a toda a gente...

É o Alentejo que produz e alimenta a malta !...
É o alentejano que canta no rancho como o rouxinol.
É ali que se vê o que é que o País ainda tem falta.
Se é preciso trablhar ou não do nascer ao por do Sol.

Velho alentejo das ovelhas e também dos cantores
Digam lá se é preciso ir à CEE buscar mais pastores
Ou se os que temos já é suficiente para guardar o gado?..

Não queremos que vos falte nada ó povo dum cabrão
Sem ofensa e à memória de todos os que já lá estão
Daqui vai, por toda a ajuda que me deram o meu obrigado...

João Brito Sousa

NA BIBLIOTECA ALMEIDA GARRETT

NA BIBLIOTECA


Consulto livros... e escrevo no computador...
E quando me apetece vou-me embora.
Foi este o meu terreno desde professor...
Por isso gosto daquilo que faço agora.

Descontraio-me e resolvo os problemas
Que surgem na minha vida quotidiana.
E assim torno as tardes mais amenas
E quando sei chegou o fim de semana.

E é aí que tenho a companhia dos estudantes
Que me fazem lembrar como eu era antes
E como difícil a minha vida no passado...

E é assim que passo o tempo aqui na cidade
Sem sobressaltos o que é bom para a minha idade
Porque se aproxima a tal hora de estar tudo acabado.

João Brito Sousa

TERRAS DE EXÍLIO

TERRA DE EXÍLIO

Recuso-me a ser um exilado nesta Terra!....
Quero estar nela porque é nela que quero estar...
E todos os dias e horas são para dela desfrutar
Do mesmo prazer que teria se subisse a serra....

Onde uma vez lá chegado e o cansaço vencido...
Poderia admirar tudo no silêncio da tarde amena.
E concluir então que a minha alma não seria pequena
Por ter a possibilidade de saborear do prazer obtido.

A vida não é outra coisa que não isto: saborear!...
É nesse pequeno pormenor que nos devemos apoiar,
E deixar para trás todas essas coisas das imitações...

Horas só imitam horas... se nós a isso nos dispusermos,
E os dias, só dias e os anos só anos só se nós quisermos
Mas penso que por aí não.... daí só vêm desilusões....

João Brito Sousa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

UM SONETO PARA OS GORJÕES

PORTO, 2007.08.15

Para o APCGORJEIOS

Do amigo ADOLFO PINTO CONTREIRAS.

BOAS FÉRIAS


Para todos os bloguistas... mas em especial
Para o A. Contreiras lá do APCGORJEIOS.
Para que venha de férias com a vontade total
De melhorar o seu blog por todos os meios.

Porque é já um grande espaço da cultura
Onde a informação é tratada com rigor.
Coloca muito bem os assuntos e não mistura
Os que não sabe com os que sabe de cor.

É assim este excelente espaço dos Gorjões
Onde se colocam bons artigos e opiniões
Que são publicadas e colocados à disposição


De todos aqueles que por isto se interessam
Que gostam de discutir ideias e participam
Na discussão de todos os assuntos da região.


João Brito Sousa