sábado, 17 de maio de 2008

SÓ AGORA

PORTO, 2008.05.17

PARA O POETA MANUEL MADEIRA

SÓ AGORA

Caro Manuel!...
Só agora
é que eu percebi o porquê do sorriso tímido que está na capa do teu livro
Manuel
Só agora eu reconheço a causa da tua luta
Porque li os textos que me enviaste
E neles.. Manuel... vejo muita coisa em disputa
Mas Manuel, aqui para nós
Tu aceitaste discutir a poesia na óptica da banalização da palavra
Mas da palavra poesia.. será isso que queres dizer?...ou discutir?
Mas a poesia não pode ser banal MANUEL
A poesia é Liberdade
É felicidade. É o coração dum homem sem idade
apaixonado e feliz
que diz
Vamos partir....
Manuel... só os que têm um coração grande é que percebem rapidamente
Que a poesia é gente
A poesia nunca poderá ser tida como uma coisa menor
Mas parece-me que estou errado.... a minha mulher que me ouvia recitar o poema
Entrou agora
E disse-me
Tem calma homem... tu perdes a cabeça e vais por aí fora
E levas tudo à frente
E esqueces-te que os outros têm o direito a ter uma opinião diferente
Mas repara homem.. tu ainda não viste
Que .. se o problema existe
Não é na arte mas sim na palavra
A poesia será sempre ... para quem goste dela... a luz que alumia
Os nossos corações
E que em todas as situações
Está presente
Até mesmo nas nossas frustrações
E a poesia que nos salva
Do mal
Porque a poesia é estar bem
Com todos e principalmente
Com a mulher que se ama
TAMBÉM.

João Brito Sousa

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