quarta-feira, 28 de maio de 2008

ERRAR É O QUE HÁ DE MAIS CERTO

PORTO, 2008.05.25

ERRAR É O QUE HÁ DE MAIS CERTO


Todos os dias de manhã leio pelo menos uma das tuas cartas
Daquelas que escreveste ao ROSA
Manuel
Lembras-te?
Naquela tua prosa que é poesia
Ou é poesia em prosa...
E que me deixa siderado... ou pregado
À tua obra
Que tem motivações de sobra
Para eu perceber que ser poeta é uma condição que está um pouco acima de mim
Mas eu não desisto
Porque eu digo e repito que já tenho visto
Alguns bem piores do que eu
A poesia será sempre a minha companhia
Inseparável
É ela que me ajuda a viver
E me trás a melodia
Da vida
É a poesia que me ensina.. diariamente
Que todos nós somos gente
Manuel
Como eu sinto que tu tratas isso tão bem
a tua poesia
E... Manuel, tanto que eu queria
Voar como um milhafre
E descer a pique .... como eles fazem tão bem
E sentir ao cortar o vento
A harmonia do momento
É que toda a gente pode ter tudo
Mas se não tiver poesia
É como se não tivessem nada.

É por isso que eu retiro das cartas poéticas entre ti e o Rosa
A expressão calorosa
De dois homens que estiveram no mesmo lado da barricada
E que calcorrearam a mesma estrada

E ainda não chegaram ao fim..
Porque a luta é desigual
E é por isso que o mundo esta mal.

Na África do Sul agora
Andam a perguntar de porta em porta
as nacionalidades de cada um
E quem não for da terra
Terá de se ir embora...

Porra para isto.. é o que me apetece dizer...
A quem estiver por perto
E não haverá dúvidas
Que errar é o que há d e mas certo


João brito Sousa

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